terça-feira, 31 de março de 2015

Meu aniversário


Magali me representa

Semana que vem farei 22 anos. Me sinto velha, porque parece até que foi ontem que eu fazia 15 anos e discutia com a minha mãe explicando todos os porquês de eu não querer uma festa de debutante. E ela mesmo assim tentava insistir em vão, já que eu não mudei de ideia.

Mesmo com um pouco mais de duas décadas vividas, sinto que tenho muita história para contar. Pois não me faltam histórias: da família, do colégio, da faculdade, dos antigos empregos, do atual estágio, de ex-namorado, de atual namorado e por aí vai... Sinto que apesar de ter me arrependido de algumas coisas que já fiz, de um jeito ou de outro eu fiz o certo.

Ainda lembro como se fosse ontem quando eu chorei durante uma semana por ter sido reprovada no vestibular para Rádio e TV na UESC. Mas, lembro também de quando consegui 50% de desconto na mensalidade para ir cursar Jornalismo na UNIME e chorei de alegria. E há alguns meses decidi que irei tentar Letras para entrar na UESC em 2016 e assim me realizar por completo, já que sempre fui apaixonada por literatura, redação e até gramática. E caso eu passe, é claro que eu irei chorar novamente.

Ah, ainda tem a minha adolescência: tive uma parte do cabelo pintada de rosa, depois roxo e ainda teve o laranja. Escutei muito Heavy Metal e já foi aloka pelas músicas do Raul Seixas e ainda escutava Korn (banda de New Metal, ou como diz minha mãe: música para doidos). É... Acho que já vivi bastante e ainda tenho muito para viver, pois o que não me falta são planos. E, claro, que agradeço a Deus por tudo o que já me foi permitido ter e viver até aqui e o que viverei ainda.


Agora que me venham mais 2, 3, 4 décadas de muita experiência e ao lado de pessoas que eu realmente queira por perto – pois já suportei muita gente chata. Já ia esquecendo de contar que eu até queria fazer uma festa para os amigos mais chegados e comemorar meus twenty two years old, mas apesar de toda minha animação para os meus 22 anos, não estou tão animada assim. Vai entender, né?

É isso: dia 6 de abril fico mais vivida. 

sexta-feira, 27 de março de 2015

Sobre ser mulher e amiga de um homem

Amizade vid4 lok@

Ontem (26), durante a aula, a professora me viu sentada ao lado do meu Best Friend Forever (BFF) e perguntou para ele – achei estranho a pergunta ser direcionada a ele e não a mim, mas tudo bem – se o meu namorado não tinha ciúme da nossa amizade.

Eu fiquei CHO-CA-DA com a pergunta, pois não entendi qual seria o motivo do meu namorado ter ciúme da nossa relação de amizade. Pois bem, meu amigo respondeu: “Não, eu até fico conversando com ele depois que Talita vai embora. E quero ir na casa dele jogar videogame também. ~ imaginem uma risada rs ~”

Aí ela respondeu: “Nossa, que saudável.”


Gente, eu sei que a intenção dela não foi ruim e sei que ela sabe que não temos nenhuma relação além da amizade, mas acho incrível – e triste, muito triste – que em pleno século XXI, existam mulheres que ainda achem que os homens podem controlar nossas amizades. Não, não é assim! Nós somos mulheres e não objetos para sermos controladas. Eu posso ser amiga de uma mulher hétero, de uma mulher lésbica, de um homem hétero, de um homem gay, de um homem ou mulher trans, de um travesti e de quem mais eu quiser. Só para constar.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Tristeza...


Há alguns dias estou triste. Mas é uma tristeza diferente das outras. Não chorei e nem tive vontade. Só consigo pensar: em como vou sair dessa situação e se irei sair. Não, não é depressão. Mas é tristeza.

Enfim, espero que passe logo.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Sobre pintar as minhas unhas, alisar o meu cabelo e me maquiar: não sou obrigada

Imagem: Facebook


Hoje cedo tive vontade de escrever sobre o meu não uso de esmaltes. Daí, quando acesso a internet, me dou de cara com uma campanha machista e sexista da Risqué. Pois bem, não uso esmaltes há alguns meses, pelo simples fato de: preguiça. Morro de preguiça de ter como obrigação pintar minhas unhas, por conta disso, num belo dia, decidi não pintar mais.

E, após assistir a uma entrevista da Maria Ribeiro ~linda, diva, maravilhosa~ no programa da Marília Gabriela no GNT, em que ela falou que não faz as unhas pelo simples fato de: não querer; achei O MÁXIMO. Eu já gostava dela no Saia Justa, depois disso, passei a gostar mais ainda. 

Continuando...

Eu não gosto de pintar as unhas, nunca gostei, fazia por obrigação, mas, amo me maquiar. No entanto, não me maquio todos os dias por causa da preguiça também e não gosto de ver como obrigação. Na verdade, talvez eu odeie o fato de ser obrigada a qualquer coisa mesmo. Ah, já alisei meu cabelo, mas quando vi obrigada a dar chapinha sempre, deixei de alisá-lo. E, sim, eu também tinha preguiça de passar a chapinha no meu cabelo.

Não gosto de ser obrigada, acho que é isso.


Ah, e sobre a campanha ridícula da Risqué: nem toda mulher ama pintar as unhas, nem toda mulher ama esmalte e nem toda mulher gosta de homem (ó, que surpresa haha)

quarta-feira, 4 de março de 2015

O que comemorar no dia 8 de Março?

Foto: Pinterest


Não serei radical ao ponto de afirmar que o Dia Internacional da Mulher não deve ser comemorado. Acho justa e digna a sua comemoração, mas acontece que muitas pessoas esquecem o real significado da data e a reduzem a mera distribuição de brindes clichês e estereotipados.

É comum que homens deem rosas e parabenizem às mulheres pelo “dia delas”. Mas não é só parabenizar e presentear, a data vai além de brindes e de recados meigos nas redes sociais. É necessário lembrar que no dia 8 de Março de 1857, 130 mulheres tecelãs, morreram carbonizadas em uma fábrica nos Estados Unidos, quando a manifestação foi reprimida com uma violência brutal e estas mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada.

Por isso, presentes não são suficientes. Ainda querem nos calar, nos reprimir, nos assediar, nos estuprar e nos matar. E não ficam apenas na vontade. Muitos agem e a estatística está aí para provar: no Brasil, 5 mulheres morrem por dia, uma mulher morre a cada uma hora e meia e a cada 12 segundos uma mulher é estuprada. O que há para comemorar?

Não me dê rosas ao entrar no ônibus, sendo que no dia seguinte você irá assediar alguma mulher que está andando sozinha na rua. Não me parabenize no Facebook pelo "meu dia", sendo que você posta fotos íntimas da sua ex-namorada na mesma rede social. Não me mande e-mail com um texto me parabenizando por ser mulher e no dia seguinte diga que "mulher deve ser dar respeito".

O respeito é meu por direito e por isso eu devo ser respeitada. Ao mudar suas ações e aprender que somos todos seres humanos, e como consequência disso somos iguais; aí sim, você, homem, estará contribuindo para que o meu e o seu mundo se torne um lugar melhor para se viver.

terça-feira, 3 de março de 2015

Amizade é fundamental

Friends

Há quem tenha amores perdidos, eu, no entanto, tenho amizades perdidas...

Tive poucas amizades ao longo da vida. Poucas, porém o suficiente. Nunca fui popular ou fiz questão de ser. Como eu expus no meu texto anterior, muitas pessoas me achavam “fechada” demais. Segundo a minha mãe, eu sequer gostava de ficar com as crianças da minha idade, porque não gostava de conversar com elas.

Mas, ainda assim, tive ótimos amigos e amigas. De frequentar a casa e tudo, mas, infelizmente, isto acabou. É triste, me entristece. Às vezes me pego pensando no passado e sinto falta de muitos deles, que não morreram, mas se afastaram por algum motivo. Espero que algum dia possamos voltar a conversar, não como antes, pois acho impossível, mas nem que seja como “recém-amigos”.

Talvez seja regra da vida: crescer e mudar as amizades ou apenas uma sacanagem do destino mesmo. Vai saber, não é?

segunda-feira, 2 de março de 2015

Porque eu não sou obrigada a ser romântica

Cena do filme Breakfast at Tiffany's

Desde muito nova sempre ouvi que eu era “muito fechada”, “não demonstrava meus sentimentos” ou era “distante”. Não me importava. Estava nem aí para isso. Pois, eu realmente odiava conversar sobre a minha vida para quem não era muito próximo a mim. E ainda sou assim.

Mas, eu cresci e com isso as cobranças clichês da adolescência apareceram. Eu tinha quase que uma obrigação de gostar de alguém, de querer alguém para ficar/namorar e ser feliz para sempre. E eu, como sempre, estava nem aí para tudo isso. Até que eu passei a gostar de alguém, mas nunca contei para a pessoa. E, acredito, que graças a isto, mantemos uma amizade, mesmo que distante, é amizade – eu acho.

Entretanto, a vida faz o favor de não ser fácil, na verdade, a sociedade que nos impõe milhares de estereótipos, que faz com que a nossa vida não seja nada fácil. E, lá se vai a minha adolescência rebelde, da garota que amava ouvir Heavy Metal e Raul Seixas e até então não tinha sequer beijado na boca, pois isso não a interessava.

Voltemos ao romantismo... Comecei o primeiro namoro, tudo lindo, mas me vi forçada a demonstrar sentimentos, que eu nunca tive vontade de expor. Para quê? Por quê? Não entendo tal lógica. E ele sempre reclamava: “você não é romântica”. Então, eu me questionava: “o que diacho é ser romântica?”. Porque se for falar com voz melosa, mandar cartinhas cheias de corações e ligar no meio da madrugada apenas para ouvir a voz do outro, ou então, morrer de ciúmes por qualquer conversa que a pessoa tenha com um ser do sexo oposto (ou do mesmo sexo, em caso de casais homo).

Então...

Eu definitivamente não sou romântica.

Bom seria se as cobranças terminassem após a minha incrível descoberta sobre mim mesma, mas não, não pararam. E longos meses se arrastaram com as mesmas cobranças... “Você não é romântica”, “você não é ciumenta”, “você não demonstra seus sentimentos”, e a mais hilária de todas, “você não diz “eu te amo” em público”. Engraçado é que eu continuo do mesmo jeito até hoje. Talvez, ele tenha terminado comigo por causa disso – ou não, vai saber, não é? rs

Mas, a fila andou e a catraca girou (frase idiota, eu sei). E, comecei outro namoro. Sem cobranças. Sem demonstração careta de afeto em público ou todos os dias no Facebook, Twitter, Instagram e por aí vai...

O amor não precisa ser romântico, meloso, chato ou cheio de clichês. Não, não precisa. Ser mulher não é sinônimo de ter coração de manteiga, ser derretida e chiclete. Não sou obrigada a ser romântica. Meu amor transcende a qualquer romantismo clichê.