Por
que não escrevo só sobe coisas bonitas, felizes e fofinhas? É o que sempre me
pergunto. É a pergunta que me inquieta desde quando criei este espaço e passei
a postar textos aqui. Será que não vivencio momentos felizes? É óbvio que sim.
Ouso até a afirmar que sou feliz em quase 100% do meu tempo, mas talvez o que
eu realmente precise externar e cuspir através dos dedos, em forma de texto,
seja apenas a parte não tão feliz assim da vida.
Talvez a parte mais feliz da minha vida seja
tão boa que sequer precise ser descrita. Ela já é compartilhada com quem
convive diariamente comigo, seja virtualmente ou fisicamente próximo. A parte
feliz, zoeira e brincalhona e, às vezes, durona que adora escrever críticas
sobre diversos assuntos, fica no Facebook e Instagram. Já a parte melancólica
da vida, está aqui.
Sendo assim, talvez,
e não, não é regra, guardar a felicidade para si e os mais próximos seja
o melhor a se fazer, porque ao externar a nossa tristeza, nos ambientes que
julgamos seguros, chegue à alguém que esteja precisando ler aquilo e saber que
não está só. É clichê? É sim, mas vida é feita de tantos, porque não posso citar
apenas um?
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