terça-feira, 23 de junho de 2015

E a transfobia fez mais uma vítima

Laura Vermont

Outra travesti morreu. Foi morta pela transfobia que assola a sociedade hipócrita brasileira. Morta pela intolerância. Morta por todos nós que julgamos de “diferentes” os que são iguais a nós. Laura Vermont foi morta por policiais militares, que deveriam lhe prestar socorro e proteção. Arrancaram-lhe o direito de ser quem ela era.

É impossível não me indignar com essas situações, infelizmente corriqueiras, mas que a justiça e os políticos fingem não existir. Mais uma vida foi tirada de forma covarde e violenta. Nada justificará os murros, chutes e tiros disparados contra Laura num momento em que ela precisava de proteção.

Laura foi espancada por um grupo de homens, que provavelmente, acharam que poderiam exterminá-la da face da terra e contribuir, assim, para um mundo melhor. Os PMs, segundo o Portal R7, foram chamados para protegê-la e só a espancaram mais e dispararam tiros contra ela. Depois, como se não fosse o suficiente, mentiram descaradamente sobre o fato quando se apresentaram à Polícia Civil.


O que mais me incomoda e me revolta é, que contra essas atrocidades, os líderes religiosos não se revoltam. Campanhas pedindo o fim da violência contra travestis não são sugeridas no Facebook. Sentem-se incomodados com a imagem de um travesti numa cruz representando o sofrimento que elas passam todos os dias, mas a morte cruel de uma travesti não comove. Não incomoda. Torna-se estatística ou não.

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