Laura Vermont |
Outra
travesti morreu. Foi morta pela transfobia que assola a sociedade hipócrita
brasileira. Morta pela intolerância. Morta por todos nós que julgamos de “diferentes”
os que são iguais a nós. Laura Vermont foi morta por policiais militares, que
deveriam lhe prestar socorro e proteção. Arrancaram-lhe o direito de ser quem
ela era.
É
impossível não me indignar com essas situações, infelizmente corriqueiras, mas
que a justiça e os políticos fingem não existir. Mais uma vida foi tirada de
forma covarde e violenta. Nada justificará os murros, chutes e tiros disparados
contra Laura num momento em que ela precisava de proteção.
Laura
foi espancada por um grupo de homens, que provavelmente, acharam que poderiam exterminá-la
da face da terra e contribuir, assim, para um mundo melhor. Os PMs, segundo o
Portal R7, foram chamados para protegê-la e só a espancaram mais e dispararam
tiros contra ela. Depois, como se não fosse o suficiente, mentiram
descaradamente sobre o fato quando se apresentaram à Polícia Civil.
O
que mais me incomoda e me revolta é, que contra essas atrocidades, os líderes
religiosos não se revoltam. Campanhas pedindo o fim da violência contra
travestis não são sugeridas no Facebook. Sentem-se incomodados com a imagem de
um travesti numa cruz representando o sofrimento que elas passam todos os dias,
mas a morte cruel de uma travesti não comove. Não incomoda. Torna-se
estatística ou não.
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