quarta-feira, 1 de abril de 2015

Músicas de mulheres para mulheres

Janis Joplin

Hoje eu vou falar sobre algo que eu gosto muito: música. Apesar de não saber tocar nem uma tampa de panela na outra, eu sou muito musical. Gosto de variados estilos musicais e sempre que posso escuto algo novo. Mas, a lista de hoje será de músicas feministas que estão na minha playlist e não sairão tão cedo.

A primeira da lista será a maravilhosa Pitty, baiana, mulher arretada e rockeira. A música super feminista dela que eu amo é a “Desconstruindo Amélia”, que nem é necessário uma análise profunda para entender que ela faz referência a música “Ai, que saudade da Amélia”, gravada por diversos artistas e que faz referência a tão sonhada “mulher de verdade”, que lava, passa e cozinha sem reclamar. Aí a Pitty fez o favor de desconstruir este estereótipo, expondo pontos marcantes como a desigualdade salarial e o acúmulo de funções que a mulher é obrigada a ter.



Pink com “Slut Like You” me conquistou, pois já acompanho o trabalho dela há alguns anos e gosto da maioria das suas músicas, mas esta, em especial, chama atenção pelo fato dela dizer “Ok, sinto lhe informar, mas sou tão vadia quanto você. Não quero nada sério”. E tudo isso num tom de brincadeira com fundo de verdade. Enfim, eu amo esta música e vivo escutando. É interessante a forma com que a Pink aborda um assunto tão polêmico com uma música que dá vontade de sair dançando e cantando o refrão bem alto.



Não poderia faltar Beyoncé nesta lista, não é? A Beyoncé gravou um CD ultra-mega-power feminista e eu escolherei duas músicas para colocar aqui. A primeira é “Grown Woman”, onde ela deixa bem claro que ela é uma mulher crescida, e portanto, pode fazer o que ela quiser. E isto é válido para todas as mulheres adultas: façam o que vocês quiserem. 

A outra música bem legal é “Flawless”, que nem precisa de muita explicação, já que tem até parte de um discurso da Chimamanda Ngozi Adichie sobre o feminismo.


Vanessa da Mata em seu último CD "Segue o Som", dentre todas as músicas legais que o compõem, tem uma que me conquistou, que foi "Toda Humanidade Nasceu de uma Mulher". Onde ela canta a mais pura verdade ao afirmar que "toda a humanidade nasceu de uma mulher".



A última música, mas não menos importante é “Hard Out Here” da Lily Allen, que ficou afastada do mundo musical por alguns anos e voltou com tudo. Nesta música ela deixa bem claro algumas questões do tipo: não vou para a cozinha, pois você não me achou lá. Se eu disse que transo com vários, me chamarão de puta, mas quando um homem faz o mesmo ninguém reclama. Ela aborda questões do cotidiano de várias mulheres ao redor do mundo.




Acho incrível o poder que a música tem de ampliar horizontes e nos fazer perceber coisas que até então não tínhamos conhecimento. A música, além de uma ferramenta de lazer e relaxamento pode e deve ser uma arma contra os diversos tipos de preconceitos que existem em nossa sociedade.

2 comentários:

  1. Acho que uma análise mais aprofundada dessas músicas mereciam um artigo...
    Já está claro que a senhorita será uma pesquisadora nos estudos de gênero, né? ;)

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    1. Eu só vi o comentário hoje. I'm sorry! rs
      Enfim, cada música renderia um artigo, eu acho... Mas deixa eu dar um passo de cada vez. rs

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